13 setembro 2010

Entrevista com Marcelo Perdido



Marcelo Perdido é formado em Publicidade, com pós graduação em Criação de Imagem e Som em Meios Eletrônicos. Trabalha com vídeos para internet e televisão. Dirigiu trabalhos para a MTV, TV Capricho, Fiz TV, Guia do Estudante, Bravo!, além de outros com publicidade. Já foi premiado no Festival do Minuto, Claro Videomaker e Prêmio Abril de Jornalismo.
(Por: Marcio Lázaro)


Lobo Parietal: Marcelo, como começou a se interessar pelo trabalho com vídeos?

Marcelo Perdido: Eu sempre achei mais fácil me expressar através do vídeo.

Desde o colégio eu prefiro entregar os trabalhos assim.

Na faculdade eu fiz publicidade, mas me interessava mais pela área de Rádio e TV. Quando me formei comecei a trabalhar em produtoras, e pesquisar vídeo. De lá para cá o vídeo vem tomando cada vez mais espaço.


LP: Em que momento percebeu que era com audiovisual que queria trabalhar?

MP: Eu trabalhei algum tempo como criativo de agência, mas sempre fiz vídeos paralelamente. Um dia, decidi mudar de área, fiz pós-graduação em vídeo, comecei mesmo do zero, procurando oportunidades.


LP: Como foi a experiência de trabalhar na MTV?

MP: Eu atualmente trabalho na MTV.

Já faz algum tempo em que, alguns meses do ano, me convidam para freelas.

Hoje em dia eu sou codiretor do “15 Minutos”, junto com a Sarinha e também sou da equipe criativa do “VMB”.

O canal é um lugar legal de se trabalhar, ano passado eu dirigi um programa chamado “Tem uma Banda na Nossa Casa”, e mesmo sendo de “fora”, a equipe me adotou e deu liberdade total para criar, esse é o espírito do canal.


LP: O que acha dessa nova produção audiovisual no Brasil?

MP: Cara, eu acho que hoje vivemos uma “nova-nova” produção audiovisual, porque antes só existia produção feita pelas produtoras ou canais de tv, aí algumas pessoas começaram a fazer seus próprios vídeos, mas a qualidade era inferior pela distância que existia entre um equipamento amador e o profissional. Hoje tudo está meio igualado e com uma câmera fotográfica que filme em “Full Frame”, você consegue uma imagem muito parecida com uma câmera 35mm, ou seja, a nova-nova produção do audiovisual é um momento onde realmente o conteúdo fará a diferença, já que qualidade técnica está bem mais fácil de arrumar.


LP: Gosta de superproduções hollywoodianas?

MP: Gosto muito. Eu assisti A Origem esses dias e achei muito bom. A superprodução ajuda as idéias boas, ela não cria uma idéia boa, mas se a idéia já existir a superprodução só valoriza.


LP: É possível ter estabilidade trabalhando apenas com audiovisual no Brasil?

MP: Claro, a maioria dos meus amigos vive disso. É claro que você não ganha absurdos de dinheiro, mas na verdade quase nenhuma área dá muito dinheiro hoje em dia. Eu trabalho em média 14-16 (horas) por dia, e um pouco menos no fim de semana, mas para quem gosta é bem bom.


LP: Para as pessoas que estão começando, quais suas dicas?

MP: Assistir vídeos e fazer vídeos é a melhor maneira de aprender.


LP: Na sua visão, o que é mais importante nessa área: feeling ou teoria?

MP: Nenhum dos dois, o mais importante é prática.



Para conhecer melhor o trabalho de Marcelo Perdido: http://www.cinemaperdido.com.br/

Valeu a entrevista, Perdido!


2 comentários:

  1. nem feeling, nem teoria? só prática?
    e de onde vem as grandes idéias? a pratica te torna melhor (fato), mas o feeling é que te torna único!

    no mais, boa entrevista!

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